Lewandowski defende mudança constitucional para combater o crime organizado: ‘Criar uma espécie de SUS’
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, participou na manhã desta sexta-feira (18), em Salvador, da cerimônia de entrega de viaturas para as polícias Civil, Militar e Técnica da Bahia. Durante o evento no Farol da Barra, o titular da pasta defendeu que a segurança pública no país precisa ser reformulada.
Em seu discurso, Lewandowski lembrou que o capítulo relativo ao setor na Constituição Federal foi criado em 1988 e que não atende mais as transformações impostas pelo crime organizado.
“Nesses 36 anos, a segurança pública tem que ser repensada, porque o crime se organizou nacionalmente. Um crime que era, basicamente, local, hoje é um crime interestadual ou nacional, ou até transnacional. Portanto, a maneira de combatê-lo hoje não pode mais ser isolada”, afirmou.
Banco de dados
Segundo Ricardo Lewandowski, que estava ao lado do governador Jerônimo Rodrigues, não cabe mais o trabalho individualizado dos estados.
O discurso de Lewandowski também agrega as guardas civis municipais às ações coordenadas.
“Inclusive com o fundo próprio que possa atender esse sistema. Isso é que nós estamos procurando, nós estamos trabalhando. Enquanto não vier uma alteração constitucional, nós estamos fazendo esse trabalho de interação. Conversando com os governadores, fazendo parcerias com os estados para combater a criminalidade do estados”, pontuou.
Programa de Escuta
A cerimônia desta manhã também marcou a assinatura de adesão ao Programa Escuta SUSP, que prevê apoio psicológico a policiais. O Projeto Escuta SUSP integra o Programa Nacional de Qualidade de Vida para o Profissional de Segurança Pública (Pró-Vida) e prevê que a Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) ofereça, em convênio com universidades públicas, assistência psicológica gratuita e especializada a policiais civis e militares, bombeiros, peritos criminais e policiais penais.