Deputados do PL na Alba reagem após Roma indicar pedido para deixar partido
Dois dos quatro deputados do PL na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba) reagiram após o presidente estadual da sigla, João Roma, afirmar que a dupla teria pedido para deixar o partido e disputar as eleições de 2026 em outra legenda.
Roma, em entrevista, disse que o PL realiza um processo interno de ajustamento de conduta de seus filiados com e sem mandato às bandeiras e diretrizes partidárias.
“Por um espectro, ficamos levantando bandeiras contra impostos, nos colocando antagonicamente ao PT”, afirmou ele à rádio A Tarde FM, na segunda-feira (26).
“Por outro lado, tem deputados que foram legitimamente eleitos, tenho boa relação pessoal com ambos, tanto Victor Azevedo quanto Raimundo da JR, sendo que os dois definiram estar alinhados com o PT. Isso gera um desconforto no partido. Os dois já manifestaram o desejo de sair do partido. Eles foram notificados pelo partido”, acrescentou.
Deputados do PL na Alba negam ter feito pedido
Em nota, um dos citados por João Roma, o deputado estadual Vitor Azevedo, negou ter feito o pedido para sair da legenda. Conforme o parlamentar, mesmo diante do processo disciplinar aberto pela Executiva da legenda na Bahia, só vai tomar uma posição partidária sobre 2026 no ano da eleição.
“Nunca demonstrei vontade de sair do PL. Sempre defendi uma linha mais política e menos ideológica do partido. Inclusive, defendi a candidatura de João Roma, presidente do PL na Bahia, a prefeito de Salvador, como forma de fortalecer a sigla na capital. Infelizmente, ele [Roma] resolveu apoiar a reeleição do prefeito Bruno Reis”, declarou.
Além disso, confirmou ter recebido “com surpresa” a notificação do processo disciplinar. “O discurso ideológico, conveniente, eu deixo com os outros. Fico com o trabalho. Respeito a guinada de 180 graus que ele [Roma] deu, mas quem mudou foi ele, e não eu”, rebateu.
Por sua vez, o também deputado estadual Raimundinho da JR afirmou que Roma tirou a ideia – de os deputados saírem do PL – da cabeça dele. “Quem manda no PL é ele”, disse ele ao Correio.
“Eu não fui comunicado. Nem eu, nem Vitor fomos comunicados. Eu nunca fui chamado para conversar sobre isso. Comunicação zero comigo”, disparou.