PM acusado de executar jovem é afastado das atividades operacionais

A Polícia Militar confirmou nesta quarta-feira (4) o afastamento do soldado Marlon da Silva Oliveira. O policial é acusado de executar um jovem e deixar outro baleado no Alto de Ondina, em Salvador, na madrugada de domingo (1º).

Imagens registradas por uma testemunha mostram o momento em que Marlon, que estava de folga, rende Gabriel Santos Costa, de 17 anos, e Haziel Martins Costa, 19. A dupla foi mantida no chão até o PM efetuar mais de dez tiros. Gabriel morreu no local e Haziel foi socorrido para o Hospital Geral do Estado (HGE), onde segue internado.

A Corregedoria da PM-BA instaurou um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) para apurar os fatos. “Após as primeiras diligências, foi confirmada a participação do soldado Marlon no referido episódio”, frisou a PM.

“O policial foi afastado das atividades operacionais e realocado para funções administrativas. A arma sob sua responsabilidade foi recolhida e entregue à Polícia Civil, órgão responsável pela investigação criminal”, diz o comunicado emitido pela corporação militar, reiterando “compromisso com a ética, a transparência e o cumprimento rigoroso da lei, assegurando a devida apuração de todos os fatos”.

PM alega legítima defesa

Em depoimento no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), na segunda-feira (2), Marlon alegou legítima defesa, no entanto, a Polícia Civil contestou a versão.

“O autor dos disparos se apresentou, acompanhado de um advogado, suscitando a tese de legítima defesa. Segundo ele, ele teria sido vítima de uma tentativa de assalto perpetrada pelas vítimas. A Polícia Civil não corroborou com essa tese e representou junto ao plantão judiciário pela prisão preventiva”, contou a delegada Zaira Pimentel.

Um pedido de prisão preventiva foi requerido pela Polícia Civil, contudo, a Justiça ainda não deu parecer.

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