‘Apesar de sermos minoria, vamos continuar dando grandes contribuições’, garante Augusto Vasconcelos sobre nova configuração da CMS
O vereador e ouvidor-geral da Câmara Municipal de Salvador, Augusto Vasconcelos (PCdoB), demonstrou otimismo em relação aos próximos quatro anos da Casa. Durante anúncio de expansão do programa “Pé de Meia” o edil afirmou que mesmo após as eleições municipais no último dia 6, que definiram a oposição como minoria, os vereadores irão se unir para aprovação de projetos importantes para a capital baiana.
“Nós temos uma oposição na cidade muito qualificada, com quadros que são oriundos dos movimentos sociais, que têm história na militância popular, e eu tenho certeza que, apesar de sermos minoria na Câmara Municipal, nós vamos continuar dando grandes contribuições à cidade. Vale dizer que nós fazemos uma oposição construtiva, uma oposição que tem responsabilidade, que apresenta pontos importantes para fazer a cidade avançar, com fortes compromissos, com as pautas que dizem respeito às lutas populares, e eu tenho certeza de que a oposição vai seguir dando uma contribuição importante para fazer Salvador avançar”, garantiu ao PS Notícias, nesta quinta-feira (17).
Vasconcelos avaliou a reeleição do prefeito Bruno Reis (União Brasil), e revelou as expectativas da oposição sobre o gestor municipal para o próximo mandato, sobretudo ao que diz respeito ao Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU) e Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU).
Temos a expectativa de que ele enfrente os gargalos da cidade, problemas no transporte público, o IPTU injusto ,que tem afugentado investimentos, prejudicado a economia da cidade, problemas relacionados à segurança, que a prefeitura também tem que assumir a sua responsabilidade, questões de infraestrutura nos bairros, o drama da falta de acolhimento das pessoas nas unidades básicas de saúde, com falta de atendimento, de médicos especializados, problemas relacionados à educação, à falta de auxiliares de desenvolvimento infantil, enfim, a cidade tem uma série de questões e que a gente precisa cobrar do poder executivo que implemente medidas para equacionar os problemas que atingem em cheio a nossa cidade. E na Câmara Municipal nós temos desafios importantíssimos, como por exemplo, o debate sobre o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano, uma discussão que o prefeito tem empurrado para colocar o debate apenas após a eleição, mesmo com o PDDU atual já tendo encerrado a sua vigência desde junho deste ano. E a gente espera que nesse diálogo do PDDU, temos uma ampla participação popular para assegurar que haja preservação dos interesses do meio ambiente, uma garantia de que a cidade retome o caminho do protagonismo econômico, mas principalmente, enfrentando as graves desigualdades sociais que atingem em cheio o povo de Salvador”.
Eleições para presidência da CMS
Durante a entrevista, o ouvidor-geral também falou sobre as eleições para a presidência da Câmara Municipal de Salvador, que apontam Carlos Muniz (PSDB), atual gestor, como favorito. Augusto Vasconcelos afirma que a federação PT, PCdoB e PV pretende se posicionar.
“Tivemos uma importante reunião no dia de ontem, onde nós definimos a apresentação de um conjunto de pontos programáticos para definir a oposição. Definir a nossa candidatura à presidência da Câmara, lembrando que a eleição da mesa diretora da Câmara não é um terceiro turno da eleição que aconteceu nas urnas agora. É uma discussão interna relacionada ao cumprimento do regimento, respeito às comissões, à pluralidade de debates. O presidente Carlos Muniz, no último mandato em que exerceu a presidência da Câmara, teve um papel importante para assegurar o contraditório, respeitando o debate dos projetos legislativos que estavam em tramitação, e a gente vai fazer um diálogo com ele no intuito de apresentar quais são os programas que a oposição entende que são fundamentais para que nós possamos anunciar publicamente o apoio à candidatura dele à presidência”, finalizou.