Com Coronel ameaçado de ficar fora da majoritária, Otto fala em “encontrar uma saída”

O grupo do governador Jerônimo Rodrigues (PT) caminha para um impasse na formação da chapa majoritária para as eleições de 2026. Com duas vagas para o Senado Federal, o grupo tem Jaques Wagner (PT) e Ângelo Coronel (PSD) com mandato encerrando no ano que vem.

Em tese, os dois senadores têm direito à reeleição ao posto que já ocupa. Mas o interesse manifestado pelo ex-governador e ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), para disputar uma cadeira no Senado vai mexer as peças no tabuleiro. A candidatura de Jaques Wagner à reeleição estaria assegurada.

Nesse cenário, o colunista Igor Gadelha, do site Metrópoles, informou que a saída do senador Ângelo Coronel da chapa majoritária já é dada como certa pelos petistas baianos. Ainda de acordo com o colunista, integrantes do PT baiano avaliam que a saída de Coronel não fará falta, já que o senador seria “ausente”. O pessedista já teria afirmado a pessoas próximas que não tem interesse em disputar o cargo de vice-governador.

Aliança

Nesta segunda-feira (21), o presidente do PSD na Bahia, senador Otto Alencar, concedeu uma entrevista à rádio Metrópole e falou do impasse. “Vamos ter que encontrar uma saída que tenha a condição de ter uma colocação para todos que estão na aliança. Eu acho que vai dar certo, de alguma forma vai dar certo”, apontou.

Otto, que se reelegeu senador na eleição de 2022, tem mandato até 2030. Apesar do quadro indicando que um integrante do partido pode ser limado da majoritária, o dirigente do PSD assegurou que não vê cenário para deixar o grupo liderado pelo governador Jerônimo Rodrigues. “Eu não sou de deixar aliança, eu quero continuar na aliança, mas eu tenho que arrumar essas coisas da melhor forma possível. Eu vou caminhar onde eu estou”, relatou.