Especialista destaca importância do diagnóstico precoce diante do aumento de afastamentos por ansiedade na Bahia

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Em 2024, a Bahia registrou 4.517 casos de afastamentos do mercado de trabalho devido à ansiedade, liderando as estatísticas no Nordeste e ocupando a oitava posição no ranking nacional. Essas informações são do Ministério da Previdência, obtidas pelo G1.
A psicóloga Fabiana Madera, especialista em estresse e síndrome de burnout, em conversa com o PS Notícias, refletiu sobre esses números e destacou a importância de se atentar aos sinais de ansiedade e exaustão.
“A ansiedade é um sentimento natural para todos os seres humanos. Ela nos prepara para situações e desafios. É importante avaliar os cenários de forma muito individual. Os sinais, eles podem ser bem sutis e outras vezes gritantes, mas é possível perceber os sintomas, sim, que a ansiedade nos revela”, esclareceu a psicóloga.
“Dor no peito, angústia, ataque cardíaco, pensamento acelerado, náusea. A falta do nosso gerenciamento de tempo pode ser um gatilho forte para o aumento do estresse e, consequentemente, o desenvolvimento da síndrome de burnout, que é o esgotamento físico e mental do indivíduo”.
Além disso, a especialista destaca que é fundamental reconhecer que, em alguns casos, o sofrimento vai além do estresse cotidiano. “Não é apenas um ponto de estresse. É necessário buscar ajuda quando houver percepção de que a situação está se tornando insustentável. Não esperar o limite ser atingido pode ser a chave para um diagnóstico precoce e, consequentemente, um tratamento mais eficaz”, ressaltou.
Fabiana Madera enfatiza que, embora a ansiedade não desapareça completamente após o tratamento, é possível gerenciá-la de maneira mais eficaz, reduzindo a frequência e a intensidade dos episódios. “Dependendo dos níveis da ansiedade, é essencial contar com o acompanhamento de profissionais como psicólogos e psiquiatras”, explicou.
Um aspecto relevante apontado pela psicóloga é o impacto desproporcional da ansiedade nas mulheres.
“Estudos mostram que as mulheres são mais vulneráveis a crises de ansiedade e exaustão. Por isso, é fundamental que as pessoas, em geral, adotem uma abordagem mais atenciosa e humana consigo mesmas”, afirmou.
Em um cenário de aumento dos afastamentos no trabalho e diante da crescente preocupação com a saúde mental, a psicóloga faz um alerta:
“Nunca foi tão necessário conhecer nossos limites, gerenciar o nosso tempo, buscar diálogos assertivos e cuidar da nossa saúde de forma integral, incluindo sono e alimentação”.
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