Greve dos professores: Alan Sanches questiona atuação de Hilton Coelho e aponta viés político

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O deputado estadual Alan Sanches (União Brasil) questionou nesta sexta-feira (6) a atuação do colega Hilton Coelho (PSOL) na greve dos professores da rede municipal de Salvador, que já dura mais de 30 dias. Em entrevista ao PS Notícias, o parlamentar afirmou que o movimento tem um viés político e eleitoral.
“Sou defensor incondicional dos professores, mas é preciso observar que há um grupo político que, há décadas, se alimenta eleitoralmente dessas greves e manifestações”, disse.
“É o mesmo grupo político que apoia o governo do estado e, dessa forma, ao invés de procurar ser justo acaba procurando fazer política para angariar algum retorno eleitoral. Isso eu não concordo”, completou.
Para o deputado, a postura do psolista, que participou da invasão ao plenário da Câmara Municipal no dia da votação do reajuste dos servidores, revela interesses pessoais na busca por apoio entre os servidores visando a reeleição.
Atualmente, Hilton é alvo de um pedido de cassação apresentado por vereadores da base do prefeito de Salvador, Bruno Reis (União Brasil).
Continuação da greve
Na entrevista, Sanches também criticou a continuidade da greve, mesmo após a Justiça ter considerado o movimento ilegal. Segundo ele, a Prefeitura de Salvador já cumpre o pagamento do piso salarial e o Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Bahia (APLB) estaria agindo de forma política ao adotar uma postura mais dura com a gestão municipal do que com o governo estadual.
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“Isso eu não concordo. O governo do estado deu um aumento inferior ao que foi concedido pela Prefeitura de Salvador à categoria e, ao invés de greve, houve agradecimento. Como a prefeitura está em um campo político diferente, tentam, de alguma forma, fazer sangrar a gestão municipal”, afirmou.
A APLB, por sua vez, sustenta que o reajuste concedido aos profissionais da educação pela Prefeitura, que varia entre 6,27% e 9,25%, não atende ao piso salarial nacional, atualmente fixado em R$ 4.867,77.
“Concordo com qualquer tipo de movimento para defender direitos e conquistas, mas a gente precisa ser justo. Já foi pago o piso. Não entendo como podemos continuar nesse movimento, prejudicando milhares de alunos”, concluiu o deputado.
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