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Mercado financeiro fez contas baseado em informações incorretas, diz secretário do Ministério da Fazenda

 Mercado financeiro fez contas baseado em informações incorretas, diz secretário do Ministério da Fazenda

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Em entrevista concedida ao portal PSNotícias, o secretário de Política Econômica do Ministérios a Fazenda, Guilherme Mello, apresentou detalhes do pacote de medidas econômicas apresentado pelo governo federal ao Congresso Nacional. O conjunto de propostas prevê uma economia de R$ 70 bilhões em dois anos, sendo R$ 30 bilhões em 2025 e R$ 40 bilhões em 2026, promovendo mudanças em pontos como salário mínimo, aposentadoria de militares, abono salarial, dentre outros.

Mello, que é doutor em ciência econômica pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e professor do Instituto de Economia da Unicamp, falou da repercussão do pacote entre agentes do mercado financeiro. Neste segmento, a análise é que as medidas não surtirão o efeito esperado. “Nossa missão é esclarecer e mostrar que as medidas propostas são justificadas. O mercado financeiro fez contas sobre o impacto e estava baseado em informações incompletas ou incorretas. Agora que o pacote completo está posto, todo mundo pode consultar e fazer as contas corretas. Tenho certeza que o impacto vai ser compreendido e ficará claro que nossas contas estão realistas e consistentes”, argumentou o secretário.

O chefe da Secretaria de Política Econômica afirmou que o pacote fiscal surge diante da necessidade de reduzir um conjunto de despesas que estava crescendo em um ritmo maior do que o previsto na regra fiscal.

“Para moderar esse crescimento de despesas, estamos propondo a revisão de aposentadorias de militares, de transferência de renda, limitação de supersalários. Não estamos falando de corte de gastos, estamos falando de moderação no ritmo dos gastos”, afirmou.

Salários acima do teto

Uma das propostas do pacote de medidas econômicas prevê a revisão de salários que são pagos a servidores acima do teto constitucional. De acordo com Mello, a ideia é estabelecer regras claras sobre o que deve ser considerado, ou não, verba indenizatória. Este adicional no salário eleva a remuneração acima do teto.

No caso do salário mínimo, o governo anunciou que vai continuar tendo ganho acima da inflação, mas o crescimento real será limitado a 2,5% por ano.

Isenção do Imposto de Renda

Quem recebe até R$ 5 mil reais poderá ter a isenção do Imposto de Renda a partir de janeiro de 2026. Por outro lado, quem recebe acima de R$ 50 mil vai ter que pagar uma alíquota maior. Segundo o secretário, não é todo mundo que recebe esse montante e vai ter que pagar o imposto. “Essa reforma do Imposto de Renda será discutida somente no ano que vem. No caso de quem ganha acima de R$ 50 mil, vamos criar o imposto mínimo, variando de 0,1% a 10%”, disse.

Benefícios sociais

Os benefícios sociais, dentre eles o Bolsa Família, passarão por revisão de critérios de concessão. A ideia é aperfeiçoar a gestão e a fiscalização dos benefícios concedidos. “Todos os beneficiários, com o devido prazo a ser concedido, terá que fazer sua biometria. Isso vai garantir a confirmação de que a pessoa que está recebendo o benefício realmente existe”, frisou.

No caso do Benefício de Prestação Continuada, conhecido como BPC, também haverá revisão dos critérios.

“Queremos deixar claro quais são os critérios para acessar o BPC. Ao longo dos anos, os critérios foram sendo flexibilizados e reinterpretados. Isso gera insegurança. Muitas vezes, uma pessoa tem uma renda razoável e continua recebendo um benefício destinado a quem mais precisa”, relatou.

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Fonte: PS Notícias

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