PF baiano acusado de envolvimento em plano para matar Lula tem pedido de soltura negado

Preso desde novembro do ano passado, o policial federal baiano Wladimir Matos Soares teve mais um pedido de liberdade negado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O agente é réu no processo que investiga a tentativa de golpe de estado que pretendia impedir que Lula (PT), presidente eleito em outubro de 2022, assumisse a Presidência da República, ocupada à época por Jair Bolsonaro (PL).

De acordo com a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), que foi recebida pelo STF, Wladimir Soares teve participação na “empreitada criminosa” e atuou como elemento auxiliar do núcleo vinculado à tentativa de golpe de estado. O policial federal baiano teria agido fornecendo informações relativas à segurança de Lula. Assim, argumentou a PGR, o “fato se enquadra no contexto do planejamento operacional Punhal Verde e Amarelo, que descreveu a possibilidade de assassinar o presidente eleito [Lula]”.

Acusações

Ainda segundo a PGR, Wladimir Soares é réu pelos supostos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça contra o patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado.

Alexandre de Moraes solicitou um parecer da Procuradoria-Geral da República a respeito do pedido de liberdade apresentado pela defesa do policial federal. O órgão apresentou manifestação pela manutenção da prisão preventiva.

“O conhecimento dos réus acerca das graves imputações que lhes foram feitas reforça a necessidade de se resguardar a ordem pública, a aplicação da lei penal e a higidez da instrução processual”, diz um trecho do parecer emitido pela PGR.

Diante do posicionamento, o ministro Alexandre de Moraes decidiu manter a prisão do policial federal.

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