Suspeitos do assassinato de delator no Aeroporto de Guarulhos são presos pela Polícia
A polícia de São Paulo prendeu três suspeitos de participar da execução do delator Vinícius Lopes Gritzbach, assassinado no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em 8 de novembro. A ação dos atiradores no aeroporto deixou duas pessoas mortas: Gritzbach e um motorista de aplicativo que estava trabalhando no local.
Os suspeitos, detidos na madrugada de sábado (7), foram levados para o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), na capital paulista, onde foram ouvidos.
“Houve a apreensão de munições e aparelhos de celular, que serão periciados. As investigações seguem sob sigilo”, disse em nota a Secretaria de Segurança Pública (SSP).
Vinícius Lopes Gritzbach fez um acordo de delação com o Ministério Público (MP) do Estado de São Paulo em março de 2024. O conteúdo da delação é sigiloso, mas, no último mês de outubro, o MP encaminhou à Corregedoria da Polícia trechos do documento, em que o delator denuncia policiais civis por extorsão.
Em 31 de outubro ele foi ouvido na Corregedoria, oito dias antes de ser morto. Gritzbach também delatou um esquema de lavagem de dinheiro utilizado pelo grupo criminoso PCC.
Delator já foi preso na Bahia em 2023
O empresário Antônio Vinícius Gritzbach, morto a tiros de fuzil nesta sexta-feira (8) na área externa do Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, chegou a ser preso em abril de 2023 na Bahia. Ele foi capturado pela polícia em um hotel de luxo em Itacaré, onde passou a ser investigado por comandar uma série de atividades criminosas para o Primeiro Comando da Capital (PCC).
As investigações apontaram Gritzbach como o mandante dos assassinatos de Anselmo Becheli Santa Fausta, conhecido como “Cara Preta”, e Antônio Corona Neto, o “Sem Sangue”, membros influentes do PCC, mortos em dezembro de 2021. Ele também era suspeito de lavar aproximadamente R$ 30 milhões do tráfico de drogas por meio da compra e venda de imóveis e postos de combustíveis.
Após sua prisão, Gritzbach firmou um acordo de delação premiada com o Ministério Público de São Paulo, revelando detalhes dos esquemas operados pelo PCC e fornecendo informações sobre outros crimes ligados à facção. Com isso, ele se tornou alvo da organização, que o jurou de morte em retaliação às suas delações. Em junho de 2023, as autoridades concederam liberdade condicional a Gritzbach, mas, desde então, ele vivia sob constantes ameaças.
*Com informações da Agência Brasil.